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Fêmeas hiperprolíficas: qual é o seu impacto na sustentabilidade?

Avanços genéticos aumentam a produtividade na suinocultura, mas enfrentam desafios no manejo nutricional e bem-estar de leitões e matrizes.

A genética tem revolucionado a suinocultura com o desenvolvimento de fêmeas hiperprolíficas capazes de gerar um número maior de leitões por parto.

Este avanço representa um potencial significativo para aumentar a produção suinícola, respondendo à demanda crescente por carne suína.

Apesar dos ganhos em produtividade, as fêmeas hiperprolíficas enfrentam desafios complexos, principalmente relacionados à nutrição dos leitões recém-nascidos.

A ingestão adequada de colostro é crucial nas primeiras horas de vida, pois é rica em anticorpos e nutre os leitões, promovendo um início saudável.

No entanto, com o aumento do número de leitões por parto, nem todas as fêmeas possuem tetos suficientes para alimentar adequadamente sua prole, o que pode comprometer a saúde e o desenvolvimento dos leitões.

Impactos na Saúde e Uso de Antimicrobianos

Essa limitação na capacidade de amamentação pode levar a um uso intensificado de antimicrobianos como medida preventiva para manter os leitões saudáveis, o que acende alertas sobre a resistência antimicrobiana e implicações na saúde pública.

Além disso, o estresse gerado tanto nas fêmeas quanto nos leitões pode afetar negativamente seu bem-estar e produtividade.

Bem-estar e Sustentabilidade

O cenário demanda uma abordagem que equilibre produtividade e sustentabilidade, com práticas de manejo que garantam o bem-estar dos animais.

O desafio está em desenvolver métodos que suportem as necessidades nutricionais dos leitões, sem sobrecarregar as fêmeas, e que reduzam a dependência de antimicrobianos.

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